sábado, 20 de dezembro de 2014

Acalanto

No escuro da noite um canto...
Uma melodia que nem saberia dizer.
Me carregando em notas sublimes,
Como um mágico acalanto a me ninar,
Homem crescido que sou,
Visto-me de meninice.
Tateio os lábios que sussurram
A doçura que me enleva.
Doces os teus lábios...
Belíssima a tua canção.
Me leva pela noite infinda
Passageiro de teus encantos.
Desconheço cansaço,
Desprezo o passar das horas.
Teu canto a me ninar,
E eu bem desperto
Saboreando cada nota,
Tateando teus lábios...
Doces, muito.

Artur Macedo

Nenhum comentário:

Postar um comentário