quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Com pele


Me abres o teu livro,
Para que eu o leia.
É quando me percebo
Preso em tua teia.
Então me sufocas,
Entre dois montes.
Duas torres
Que me roubam o horizonte.
Me prendes entre teus membros,
Tuas bases.
Me machucas,
Tal a força que fazes.
Mas não grito,
Pois sou um homem!
Permaneço e sacio a minha fome.
Me arranhas,
Dilaceras minha pele.
Na tua sandice,
Que à paixão me compele...


Artur Macedo

Nenhum comentário:

Postar um comentário